Cidades em Evolução

No ano 2050 estima-se que mais de 80% da população da Europa estará a viver numa cidade ou perto dela com um estilo de vida urbano. As pequenas cidades e aldeias da Europa estão a diminuir, e as suas maiores cidades estão a crescer a um ritmo exponencial. Consequentemente, torna-se cada vez mais importante que nós sejamos capazes de "reimaginar" as nossas cidades e comunidades.

Cada cidade ou bairro de uma cidade é construído tendo como referência os seus habitantes e a(s) utilidade(s) que lhe têm sido atribuídas ao longo dos tempos. A cidade pode ter sido originalmente um mercado na Idade Média, um centro de produção industrial no século XIX, uma plataforma intermodal entre os diversos sistemas de transporte, um dormitório e muito mais. Diferentes formas de organizar a cidade têm sido necessárias ao longo dos tempos para que a cidade seja funcional para os seus cidadãos.

O que é que eu beneficio com este módulo?

Vou conhecer a morfologia urbana da minha cidade, vou identificar os seus períodos históricos, os diferentes tipos de divisões e identificar que tipo de crescimento ocorreu ao longo dos tempos. Vou identificar os significados por explorar dos seus edifícios e relacioná-los com a minha experiência e sensibilidade pessoal. Vou descobrir como pequenas atitudes “contra-corrente” podem beneficiar a comunidade.

Sê alternativo/a!

Quando terminares este desafio, que te estimula a ti e aos teus amigos a serem alternativos - ou até um pouco loucos -, vais sentir-te mais inspirado/a e motivado/a para a liderança de pequenas mudanças na tua comunidade.

Uma cultura alternativa é um tipo de cultura que existe à margem da cultura convencional ou popular, geralmente sob o domínio de uma ou mais subculturas. Podem ser classificadas como culturas alternativas, ou encaradas como um conjunto homogéneo: a cultura alternativa. Compara este outro termo mais politicamente correto – “contracultura”.

In London, Camden Town is known for its underground culture https://en.wikipedia.org/wiki/Camden_Town

Que competências é que eu vou ganhar?

  • Envolvimento Comunitário;
  • Capacidade de Trabalho em Equipa & Competências Interpessoais;
  • Comunicação;
  • Negociação.

Instruções

Pede a dois dos teus amigos para se juntarem a ti nesta atividade.

IIndividualmente, cada um, deverá percorrer a lista das 85 Coisas que podes fazer pelo teu bairro.

Individualmente, cada um, seleciona 10 coisas apelativas para fazer.

Em conjunto, debatam quais as vossas divergências e confluências nas escolhas individuais que fizeram.

Escolham o vosso top 5 e ponham mãos à obra!

A melhor dica!

Este exercício pode ser usado em conjunto com os exercícios do Módulo 4: Divisões Tangíveis e Intangíveis das Cidades.

De que recursos é que eu vou precisar?

  • Ligação à internet;
  • Um smartphone ou outro dispositivo;
  • Coragem;
  • Dois amigos.

O que é que tu achas?

Até que ponto concordas com a seguinte afirmação?

"Penso que a melhor coisa a fazer pelos nossos bairros é educarmo-nos sobre as grandes mudanças que têm de ocorrer à margem das estruturas das quais somos dependentes e agir para contornar as terríveis crises de habitação que as cidades mais prósperas enfrentam, melhorar o acesso à educação e à reconversão profissional e reduzir para zero as emissões de gases com efeito de estufa durante as próximas décadas. Quase tudo o resto é fachada". - Alex Steffen, writer, speaker, planetary futurist, The Heroic Future

De que Época És?

Cada cidade ou bairro de uma cidade é construído de acordo com a relação que a cidade tem com os seus habitantes e a sua utilidade ao longo dos tempos. A cidade pode ter sido originalmente um mercado na Idade Média, um centro de produção industrial no século XIX, uma plataforma intermodal entre os diversos sistemas de transporte, um dormitório e muito mais. Diferentes formas de organizar a cidade vão sendo necessárias ao longo dos tempos, para que a cidade seja funcional para os seus cidadãos.

Que competências é que eu vou ganhar?

  • Envolvimento Comunitário;
  • Capacidade de Ler a Cidade;
  • Competências Analíticas;

De que recursos é que eu vou precisar?

Conteúdo para reflexão

As cidades estão em constante fluxo e mudança, estão sempre a crescer e a mudar. Em algumas cidades é mais fácil percecionar esse crescimento e conseguimos de facto identificar o seu desenvolvimento histórico, através de uma linha a partir do seu centro para a periferia, como se contássemos os anéis de crescimento de uma árvore.

Na maioria das cidades, contudo, é mais difícil esta identificação imediata, uma vez que as épocas históricas se encontram sobrepostas, estando presentes resquícios de planos urbanísticos e edifícios de idades diferentes. Podemos recorrer a edifícios históricos de diferentes estilos na identificação de determinada área histórica da cidade, mas cuidado, nem tudo o que parece é! Um edifício pode ter sofrido inúmeras alterações desde a sua conceção.

Devemos também estar cientes de que os estilos podem diferir de região para região e de país para país, dependendo de muitos fatores, sendo difícil ao cidadão comum, a identificação de uma data exata.

Talvez seja melhor ser tarefa de um especialista identificar determinado estilo arquitetónico?

Ler a Cidade

Podemos observar as divisões físicas da cidade. Mas será que as conseguimos "ler"?

As divisões físicas são causadas pela composição geográfica da cidade. Alguns exemplos podem ser um rio, uma zona industrial ou uma linha ferroviária. O espaço físico da cidade está dividido em espaço público, parques, estradas, mercados, espaço privado, jardins privados e pátios.

Pode ser desafiante conseguir obter uma visão geral de uma cidade, uma vez que o planeamento urbano de muitas cidades foi feito gradualmente, camada a camada, com ideias diferentes e por vezes contraditórias. A riqueza do movimento e da vida pode por vezes iludir os sentidos.

No entanto, existe em cada cidade um conjunto de padrões e elementos inconfundíveis que todas têm e que nos ajudam a compreender como é que cada uma está organizada.

Como é que é a tua cidade?

Que competências é que eu vou ganhar?

  • Envolvimento Comunitário;
  • Capacidade de Prever o Futuro;
  • Capacidade de Mapear a Cidade;
  • Competências Digitais;

Instruções

- Lê o texto Os elementos e divisões da cidade;
- Vê estes Planos urbanísticos para te isnpirares;
- Agora olha para a tua comunidade ou cidade sob a perspetiva de uma ave, utilizando o Google Maps;
- Descobre um mapa da tua cidade de há 100 anos atrás;
- Reflete e responde às seguintes questões:

  1. Parece-te que a evolução foi regular ou irregular ao longo dos tempos?
  2. Parece-te que a cidade foi bem planeada ou a evolução ocorreu de forma espontânea?
  3. Consegues identificar formas e geometrias específicas?
  4. Porquê?
  5. Observa o mapa histórico e o mapa atual. O que aconteceu à forma da comunidade/cidade ao longo destas duas épocas?
  6. Porquê?

    Tenta imaginar como será a tua cidade em 2050!

A melhor dica!

Este exercício pode ser utilizado em conjunto com os exercícios do Módulo 4: Divisões Tangíveis e Intangíveis das Cidades.

De que recursos é que eu vou precisar?

  • Ligação à internet;
  • Um smartphone ou outro dispositivo;
  • Google maps;
  • Um mapa da tua cidade de há 100 anos atrás.

O que é que tu achas?

Como é a tua cidade atualmente? Onde é que as pessoas vivem, trabalham e se divertem? De que forma é que os locais destas atividades são influenciados pelos elementos físicos da cidade?

As divisões físicas da cidade existem em conjunto com as divisões subconscientes; ainda existe um local de culto, uma biblioteca, um posto de correios, um banco, um café ou um bar em cada bairro? As pequenas lojas de bairro ainda funcionam?

Como é que as pessoas vão para o centro comercial? De carro? Achas que a internet mudou as nossas cidades para sempre?

Ler um Edifício

As formas e os materiais de um edifício influenciam, frequentemente, a impressão que retemos de uma cidade.

Interpretamos as formas, cores e materiais à nossa volta, é que nos é inerente; não conseguimos evitar tal interpretação. De perto, as formas e os materiais da cidade proporcionam uma sensação de estrutura, presença e variedade. Os edifícios tendem a criar um ponto focal no nosso campo de visão e são a maioria das vezes esteticamente agradáveis ao olhar.

Consegues através de palavras descrever um edifício a alguém que nunca o tenha visto?

Que competências é que eu vou ganhar?

  • Envolvimento Comunitário;
  • Competências Analíticas;
  • Imaginação;
  • Inspiração;
  • Comunicação;
  • Capacidade de Trabalho em Equipa & Competências Interpessoais.

Instruções

  1. Pede a um amigo para se juntar a ti nesta atividade.
  2. Dá um passeio perto da tua casa para que cada um de vocês escolha um edifício.
  3. Faz os seguintes exercícios:
    1. Todos os edifícios podem ser apreciados em termos da sua forma e conteúdo, independentemente da sua idade ou valor histórico". Portanto, para começar, uma boa ideia será observar e descrever as características do edifício e depois refletir acerca do seu significado, quais as intenções do arquiteto quando o construiu e, o mais importante, como é que o edifício te faz sentir.

    2. Identifica algumas informações básicas. Por exemplo, determina o seu material, identifica o construtor / arquiteto, quando foi construído e o estilo. Observa a escala e a forma do edifício.

    3. Faz um pequeno "trabalho de casa". Se um edifício chamar a tua atenção, dispensa alguns minutos a pesquisar na Internet ou a através da leitura de um livro sobre essa área, ou fala com outras pessoas, como por exemplo especialistas, funcionários do museu da cidade/vila ou aldeia ou até amigos que tenham interesse em arquitetura. A pequena investigação levada a cabo pode fazer com que venhas a valorizar ainda mais o edifício.

    4. Identifica os teus sentimentos perante o edifício que escolheste. Que sentimentos é que ele evoca? Que sentimentos faz sobressair em ti? Sentes-te triste, feliz, curioso, em devoção, zangado ou ...?

    5. Identifica o que gostas e não gostas no edifício para o compreenderes melhor. Se não gostares de um determinado estilo, não te preocupes, de certeza que existem outros do teu agrado!

    6. Relaciona o que vês com a tua própria vida, ou com outros edifícios que tenhas interpretado. Explora a tua memória e experiências passadas e faz associações. Como é que este edifício em particular pode estar relacionado contigo e com a tua vida?

    7. Pensa sobre o "significado" do edifício. Abre a tua mente e vai para além dos significados pré-estabelecidos. Velho = bom, moderno = mau.

      Será uma alegoria? Haverá uma mensagem oculta? Será que o edifício conta uma história? É abstrata? Lê os textos do edifício.

    8. Também podes procurar outros edifícios da autoria do mesmo arquiteto ou edifícios do mesmo género concebidos por outros arquitetos, ou até mesmo pesquisar sobre a época e a vida pessoal do arquiteto.

    9. Deixa que os edifícios libertem a tua imaginação!

  4. Com palavras que utilizaste nos exercícios, descreve o edifício a um amigo teu, que nunca o tenha visto.
  5. O que é que achaste? Como é que te sentiste?

De que recursos é que eu vou precisar?

  • Ligação à internet;
  • Um smartphone ou outro dispositivo;
  • Um amigo;
  • Imaginação.

O que é que tu achas?

Reflete sobre as respostas que deste e encontra semelhanças com as respostas do teu amigo. Quais foram as semelhanças? Porquê?